RPG
Os RPGs são tipicamente mais colaborativos e sociais do que competitivos. Um jogo típico une os seus participantes em um único time que se aventura como um grupo. Um RPG raramente tem ganhadores ou perdedores. Isso o torna fundamentalmente diferente de outros jogos de tabuleiro, jogos de cartas, esportes, ou qualquer outro tipo de jogo. Como romances ou filmes, RPGs agradam porque eles alimentam a imaginação, sem no entanto limitar o comportamento do jogador a um enredo específico.
E nós complementamos:
Nesta modalidade de jogo, nascida com tabuleiros e mesas, como jogos marcantes na história dos jogadores de RPG, como Lord of The Rings® e Dungeons and Dragons®, um jogador, é chamado de Mestre. Isto não significa que ele vai vencer o jogo, ou possui o personagem mais poderoso, mas sim que ele não vai participar diretamente do jogo, mas vai ser a alma deste.
Será ele que irá narrar os lugares onde os jogadores estão, estavam ou estarão, como e de que modo os jogadores poderão reagir à esta ou aquela situação e conduzir a história em si, levando os jogadores e seus personagens a mundos de faz-de-conta, que pode incluir desde uma tranqüila e pacífica orla de Floresta até o mais amedrontador e sinistro abismo – ou lugares bem piores, sempre com muita imaginação, bom senso, criatividade e muita, muita diversão.
Mas então você dirá: “Ora, é o mestre que diz como meu personagem pode reagir a uma situação?!”. E eu respondo: De certa forma, sim.
Bem, cada um de nós montou seu personagem, com sua personalidade, caráter, história pessoal, medos, anseios, habilidades, temperamento... Mas isso, se meu personagem é capaz e correr durante horas, não significa que ele possa voar.
Ademais, existe a interpretação de cada um. De acordo com o seu entendimento pessoal, seu personagem pode ser um homem poderoso, com força capaz de causar danos astronômicos, magias de defesa intransponíveis, uma capa negra que é agitada ao vento mais do que a capa do personagem da Morte – mas isso apenas e tão somente na sua visão.
Na visão de um terceiro, seu personagem pode não passar de um baixinho raquítico e fanfarrão com mania de grandeza e um ego maior do que o Maracanã.
Por isso, a figura do mestre não virá para dizer “Você não pode fazer isto!”, mas para questionar: “Legal o que você fez... Mas se encaixa com seu personagem? E com a história, será que faz sentido?” – porque as regras do jogo não existem para atrapalhar/incomodar ninguém, mas apenas para que todos tenham as mesmas condições de progredir e para tornar o jogo mais agradável e sensato aos olhos de todos – uma vez que todos estão de acordo com as regras.
Neste quesito, a decisão do mestre, a bem do jogo, é irrevogável e ele tem plenos poderes quando da condução do jogo em si, seja no tocante a trama, às tramas pessoais, fatos e acontecimentos diversos.
Ademais, vale lembrar que neste RPG o Mestre não existe na figura de uma pessoa solitária, mas em um Grupo de Amigos que prezam o bem do RPG, e não medirão esforços em fazer com que o jogo se torne mais interessante e atrativo para todos.
Por isso jogar RPG é fácil: basta imaginar seu personagem, analisar a situação proposta e interagir da melhor maneira possível! Explorar ao máximo as (sempre limitadas) capacidades de nossos personagens sempre vai ser a chave para um bom jogo, um maior nível de interação e crescimento do personagem!
Resumindo: encaixe seu personagem na história, e o resto virá naturalmente. Reaja a fatos, interaja com pessoas, situações, lugares e objetos, deixando fluir seu personagem, e tudo vai caminhar.
Ou seja, resumindo, você deve analisar muito bem o que o Mestre sugeriu, e depois você irá dizer o que o seu personagem - não você - iria fazer naquela situação, para dar origem a novos problemas até chegar ao fim!